A década de 50, apesar de começar com uma crise financeira, seria memorável por uma razão. O que era sonho, o estádio próprio, passava a ser realidade. Em 1952, Cícero Pompeu de Toledo procurou Laudo Natel, um hábil diretor do Bradesco, propondo-lhe que assumisse o São Paulo administrativamente. Colocando em ordem as finanças, Laudo Natel viu-se contagiado com a obsessão do estádio. Encontrado o terreno ideal, o clube vendeu o Canindé e comprou 68 mil metros quadrados no Jardim Leonor. Conseguiu-se da Prefeitura e da Construtora Aricanduva mais 90 mil metros como doação. Na tarde de 15 de Agosto de 1952, Monsenhor Bastos abençoou os terrenos e foi lançada a Campanha Pró-Construção do Morumbi.
Viria então um longo período de jejum, que duraria 13 anos, durante os quais a diretoria viveria, comeria e dormiria com a idéia fixa de erguer o estádio. E onde era uma região em fase de loteamento, quase deserta, surgiria o gigante Morumbi, criação de Vilanova (um dos introdutores da arquitetura moderna brasileira). Laudo Natel precisava de dinheiro para as escavações. Foi à Antartica e vendeu a concessão para bebidas no estádio. Recebeu um título, descontou-o no Bradesco e iniciou as obras. Mandou fotografar os trabalhos e com as fotos nas mãos percorreu empresas em busca de patrocínio. A cada etapa um novo recurso.
Viria então um longo período de jejum, que duraria 13 anos, durante os quais a diretoria viveria, comeria e dormiria com a idéia fixa de erguer o estádio. E onde era uma região em fase de loteamento, quase deserta, surgiria o gigante Morumbi, criação de Vilanova (um dos introdutores da arquitetura moderna brasileira). Laudo Natel precisava de dinheiro para as escavações. Foi à Antartica e vendeu a concessão para bebidas no estádio. Recebeu um título, descontou-o no Bradesco e iniciou as obras. Mandou fotografar os trabalhos e com as fotos nas mãos percorreu empresas em busca de patrocínio. A cada etapa um novo recurso.
Para o desenvolvimento do projeto foram necessárias 370 pranchas de papel vegetal. Cinco meses foram consumidos nas terraplanagens e escavações, com o movimento de 340 mil metros cúbicos de terra. O volume de concreto utilizado é equivalente à construção de 83 prédios de dez andares. Os 280 mil sacos de cimento usados, colocados lado a lado, cobririam a distância de São Paulo ao Rio de Janeiro. Foram 50 mil toneladas de ferro, o que dá para circular a Terra duas vezes e meia.
Houveram muitas dificuldades durante a construção. Além da constante necessidade de dinheiro, havia que se contornar a oposição dentro do próprio São Paulo. Uns condenavam a localização. "Quem irá ver um jogo a tal distância? Nunca lotaremos o estádio!" Outras preocupadas com as poucas verbas destinadas à equipe. "Seremos um estádio sem time". Num determinado momento, uma troca foi sugerida. A prefeitura ficaria com o Morumbi e o São Paulo com o Pacaembú. Mas apoiado por toda diretoria Laudo Natel prosseguiu na batalha, após a morte de Cícero Pompeu de Toledo. Terminada a obra, não havia um tostão em dívidas.
O Morumbi estava pronto para a inauguração, mas ainda não tinha iluminação e placar. Henri Aidar e Antônio Nunes L. Galvão foram a Philips, viram catálogos moderníssimos. Mas, e o dinheiro? Foi quando os dois venderam a imagem do estádio, conseguindo os refletores por aluguel, por um prazo de 10 anos. A Philips colocou no estádio painéis de publicidade, em troca dos pagamentos. Ainda inacabado, inaugurou-se o Morumbi no dia 2 de outubro de 1960, com um jogo contra o Sporting de Lisboa. O São Paulo venceu por 1 x 0, gol de Peixinho (Arnaldo Poffo Garcia).
O time do São Paulo: Poy, Ademar, Gildésio e Riberto; Fernando Sátiro e Vítor; Peixinho, Jonas (Paulo), Gino, Gonçalo (Cláudio) e Canhoteiro. O estádio foi terminado em 1970 com o custo de 70 milhões de dólares. No jogo da festa de inauguração total do estádio o São Paulo empatou com o Futebol Clube do Porto em 1 x 1, gols de Miruca e Vieira. O São Paulo jogou com Picasso, Édson, Jurandir, Dias e Tenente; Lourival e Gérson; Miruca (José Roberto), Toninho, Téia (Babá) e Paraná (Claudinho).
Neste jogo os torcedores se espantaram com mais uma novidade: traves redondas em lugar das tradicionais quadradas, hoje abolidas no mundo inteiro. Considerado o maior estádio particular do mundo, o Morumbi tem a capacidade de 150 mil pessoas. Curiosamente, o recorde de público foi batido em 25 de Agosto de 1985, por 162.957 pessoas; nenhuma delas torcedoras de futebol. Era um congresso de Testemunhas de Jeová.
Houveram muitas dificuldades durante a construção. Além da constante necessidade de dinheiro, havia que se contornar a oposição dentro do próprio São Paulo. Uns condenavam a localização. "Quem irá ver um jogo a tal distância? Nunca lotaremos o estádio!" Outras preocupadas com as poucas verbas destinadas à equipe. "Seremos um estádio sem time". Num determinado momento, uma troca foi sugerida. A prefeitura ficaria com o Morumbi e o São Paulo com o Pacaembú. Mas apoiado por toda diretoria Laudo Natel prosseguiu na batalha, após a morte de Cícero Pompeu de Toledo. Terminada a obra, não havia um tostão em dívidas.
O Morumbi estava pronto para a inauguração, mas ainda não tinha iluminação e placar. Henri Aidar e Antônio Nunes L. Galvão foram a Philips, viram catálogos moderníssimos. Mas, e o dinheiro? Foi quando os dois venderam a imagem do estádio, conseguindo os refletores por aluguel, por um prazo de 10 anos. A Philips colocou no estádio painéis de publicidade, em troca dos pagamentos. Ainda inacabado, inaugurou-se o Morumbi no dia 2 de outubro de 1960, com um jogo contra o Sporting de Lisboa. O São Paulo venceu por 1 x 0, gol de Peixinho (Arnaldo Poffo Garcia).
O time do São Paulo: Poy, Ademar, Gildésio e Riberto; Fernando Sátiro e Vítor; Peixinho, Jonas (Paulo), Gino, Gonçalo (Cláudio) e Canhoteiro. O estádio foi terminado em 1970 com o custo de 70 milhões de dólares. No jogo da festa de inauguração total do estádio o São Paulo empatou com o Futebol Clube do Porto em 1 x 1, gols de Miruca e Vieira. O São Paulo jogou com Picasso, Édson, Jurandir, Dias e Tenente; Lourival e Gérson; Miruca (José Roberto), Toninho, Téia (Babá) e Paraná (Claudinho).
Neste jogo os torcedores se espantaram com mais uma novidade: traves redondas em lugar das tradicionais quadradas, hoje abolidas no mundo inteiro. Considerado o maior estádio particular do mundo, o Morumbi tem a capacidade de 150 mil pessoas. Curiosamente, o recorde de público foi batido em 25 de Agosto de 1985, por 162.957 pessoas; nenhuma delas torcedoras de futebol. Era um congresso de Testemunhas de Jeová.
E No começo de 1993 o estádio tem 102.904 metros quadrados de área construída. Ainda é uma obra arrojada e inovadora. O campo tem 108 x 72 metros, com um sistema de drenagem em formato de espinha de peixe. As catracas eletrônicas , segundo dados oficiais do clube, permitem a totalização do público em tempo real no paínel do estádio. A área reservada aos espectadores é de 62.450 metros quadrados. São 15 cabines de rádio e televisão, 81 pontos de vendas para bebidas e lanches, 51 banheiros, centro médico com cinco ambulâncias de plantão e um helicóptero com UTI, 105 guichês para venda de ingressos com rampas e quatro portões de acesso. A área para espectadores do Morumbi é equivalente a 64450 metros quadrados. Ou 3,5 vezes a área do Pacaembu, na época, o grande estádio de Sáo Paulo.
Em abril de 1994, ao assumir a presidência do clube, Fernando Casal de Rey se viu diante de um desafio. A imensa estrutura de concreto do Morumbi balançava junto com a grande massa de torcedores que o frequentava. A incessante utilização das instalações, desde a segunda inauguração, havia produzido um grande desgaste que exigia providências: o colosso precisava de reformas...
Setor para deficiêntes
O estádio do Morumbi é um dos poucos estádios do Brasil a possuir um setor exclusivo aos deficientes físicos. A área tem 470 metros quadrados, espaço para 92 cadeiras de rodas e 108 lugares destinados a portadores de outros tipos de deficiência. Os acompanhantes de deficientes também terão um local específico dentro do estádio. Vizinho ao "setor especial", haverá um lance de arquibancadas para 250 torcedores. A infra-estrutura do local não deverá se limitar ao lance de arquibancadas. Foi construída uma rampa de acesso junto ao portão 17 do estádio, havendo também um guichê exclusivo à compra de ingressos. Ao lado do compartimento destinado aos deficientes, dois banheiros (masculino e feminino) foram adaptados para atender as necessidades dos novos usuários.
Nova iluminação
Desde março de 1999, o Morumbi tem sua iluminação triplicada em relação à original. O novo sistema é diferente, moderno e mais bonito: os antigos quatro painéis com luminárias concentradas foram substituídos por uma iluminação horizontalizada nos dois lados do estádio. As quatro caixas de concreto foram trocadas por duas estruturas metálicas especiais, com 80 metros de extensão cada uma, acompanhando a curvatura do Morumbi.
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